domingo, 30 de abril de 2017

A passagem do Bando de Lampião no território felipense em 1927

O Sítio Lajes – Esta propriedade situa-se após a ladeira do Mato Verde, em uma área onde atualmente as carnaubeiras desaparecem e retorna a dura vegetação típica da caatinga. 

Na época de Lampião, ou seja no ano de 1927 o que se via era um deserto de mata fechada onde existia algumas casas. essa dita casa foi à sede da propriedade Tabuleiro Grande, atualmente demolida. Entretanto, através do relato de Edmundo Paulino da Silva, morador do sítio Arapuá, ele nos informou sobre um interessante relato que lhe foi passado pelo seu pai e avô, respectivamente João Paulino da Silveira e Pedro Filho.

Um conjunto de casas alteradas e abandonadas, ainda existentes a margem da mesma estrada que serve como ligação entre as cidades de Governador Dix Sept Rosado e Felipe Guerra, pertencente às terras do Tabuleiro Grande, foi igualmente invadido pôr uma tropa avançada do grupo de cangaceiros.

Segundo o agricultor Edmundo Paulino da Silva, estas casa abandonadas, já alteradas, teriam sido o local onde existiu a mercearia de Pedro Jurema, invadida por membros do bando, que só não atearam fogo em um comboio de algodão, por ordem de Lampião.

O lugar pertencia a Pedro Jurema, que tinha uma pequena mercearia no lugar. No momento da passagem do bando um pequeno grupo de comboieiros de algodão estava no local. Pedro Jurema jogou pela janela um saco com suas parcas economias e saiu pela mesma janela em desabalada carreira. Segundo Edmundo, Pedro Jurema fugiu e deixou “que seus fregueses se entendessem com os homens de Lampião”.

Os cangaceiros então invadiram a bodega, passaram a beber cachaça tranquilamente e a “aliviar” os comboieiros de seus pertences. Logo, movido pelo álcool, um dos cangaceiros teve a infeliz idéia de queimar o algodão transportado. Neste momento chega Lampião que interrompe a farra.

Ele prontamente cancela a ordem de tocar fogo no produto transportado elos comboieiros. Estes ficam muito agradecidos ao chefe do bando. Logo os transportadores de algodão começam a tanger seus animais e se afastam rapidamente do local.


Por Rostand Medeiros
Via Geraldo Fernandes - pesquisador felipense 

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Subsídios históricos do Sítio Mulungu

Por Geraldo Fernandes 

Capela do Sítio Mulungu. Foto: Jotta Maria 

O Mulungu é uma das comunidades mais antigas do município de Felipe Guerra, sendo ela encravada dentro das datas do "Bom Sucesso". Os primeiros registros desta comunidade foram no dia 14 de janeiro de 1788, quando Domingos Fernandes de Sousa e Felix Antonio de Sousa recebiam uma concessão de Carta de datas e sesmaria passada pelo Capitão-Mór, José Barbosa Gouveia, dando-lhes trés léguas de terras de cumprido por uma de largura, começando no "Pau do Tapuio" e terminando estas terras do Bom Sucesso para parte do Jaguaribe já extremando com o Estado do Ceará. 

O nome Mulungu surgiu por conta da dita árvore, pois essas espécies de plantas chamadas popularmente de "Mulungu" ou "eritrina", era muito comum na nossa região. Ela encontrava-se facilmente em toda a chapada do Apodi. Seu tamanho pode variar muito, mas são árvores de médio à grande porte.

Uma das pessoas de maior destaque desta comunidade foi Elisa Ferreira de Freitas, para se ter uma ideia no ano de 1921, ela foi apontada pelo censo realizado através do Ministério da Indústria e Comércio, como sendo a primeira mulher a ser dona de todas as terras do Sítio Mulungu, uma das mais ricas da Ribeira do Apodi. Hoje essa comunidade é uma das mais próspera de nosso município,  haja visto que a mesma fica no meio da Br 405, com acesso para qualquer lugar do Brasil.  Uma das belezas daquela comunidade é o açude que fica no Riacho do Tapuio,  segundo estimativa, tal açude tem sua capacidade de armazenar 100 mil metros cúbicos de água. O açude foi construído em 1979, juntamente com a construção da Br 405. O padroeiro da vila  é São Francisco, e a capela foi construída no ano de 1962. 

Fonte: Censo do Ministério da Indústria e Comércio de 1921. 

Geraldo Fernandes é Historiador/Pesquisador, poeta e Membro da Academia Apodiense de Letras(AAPOL).

domingo, 16 de abril de 2017

A Instalação do Município de Felipe Guerra

Por Geraldo Fernandes*


No dia 25 de outubro de 1964, às 19 horas realizava-se a sessão de instalação do município de Felipe Guerra, sob a presidência do Sr. Isauro Camilo de Oliveira, prefeito do município de Apodi. Também estavam presentes os seguintes senhores: José Antônio da Silva, Dr. Eilson Gurgel do Amaral, Luiz Alves de Oliveira, e um grande número de populares. Após declarar aberta a sessão, o Sr. presidente, declarou instalado o município de Felipe Guerra, logo em seguida foi empossado para o cargo de prefeito municipal o Coronel da Policia Militar, José Antônio de Silva, nomeado por ato do Governador Aluízio Alves, de acordo com art. n°3 da lei n°3.041, de 27 de dezembro de 1963, conforme portaria de 16 de junho de 1964. Usou a palavra o senhor Eilson Gurgel do Amaral, tendo o senhor prefeito recém empossado usado a palavra para agradecer a homenagem, não havendo mais nada a tratar o senhor presidente deu por encerrada a presente reunião. 

Veja quem mais se encontrava presente nesse dia histórico do nosso município: 

JOSÉ FIRMO DO PATROCÍNIO, ARI ARES DE AMORIM, RAIMUNDO JULIÃO DE GÓIS, RAIMUNDO CABRAL, SIMÃO DE GÓIS, CÁSSIO GURGEL DE BRITO, PACIFICO PINTO BARRA, JOSÉ DIOGENES, FRANCISCO CHAGAS DA SILVA, MANOEL JOAQUIM DE SANTANA, FRANCISCO DE ASSIS GURGEL, DANIEL EUZÉBIO, LOURIVAL DE SOUSA BARRA, OLIVAR CARLOS BARRA, JOSÉ PINTO BARRA, JOEL CANELA FILHO, VALDOMIRO ALVES DA SILVA, PEDRO ALVES DA SILVA, BERENICE MACEDO, MARIA ALVANIR TAVARES, MARIA DE BRITO GUERRA, EROTILDE DE ALMEIDA, RAFAEL GURGEL DE BRITO, SEBASTIÃO PASCOAL DA COSTA, BENEDITO FRAGOSO, PAULO BARRA FILHO, JOAQUIM BARBOSA DE LIRA, FRANCISCO HENRIQUE DE OLIVEIRA, MANOEL VALENTIM DE OLIVEIRA, JOSÉ MARCOLINO, JOSÉ FIRMINO DE OLIVEIRA, RAIMUNDO GURGEL FILHO, JOSÉ RICARTE, SEBASTIÃO DOMINGOS DO ROSARIO, MARTINS SILVINO, MIGUEL JULIÃO DE GÓIS, PAULO FRANCISCO DO NASCIMENTO, MARIA RITA GURGEL, CÂNDIDO PASCOAL DA COSTA, JOSÉ MARIA DA SILVA.

Fonte: Ata da Câmara Municipal de Felipe Guerra do dia 25 de outubro de 1964. 

*Geraldo Fernandes é Historiador/Pesquisador, poeta e Membro da Academia Apodiense de Letras(AAPOL).

sábado, 1 de abril de 2017

A Família Ponciano

Por Geraldo Fernandes 



A numerosa família Ponciano do Sítio São Lourenço , tem suas origens na pessoa de Manoel Ponciano Bezerra, nascido em 1818 no dito lugarejo,  casado com Tereza Maria da Conceição tendo ela falecida no dia 13 de agosto de 1908, aos 90 anos de idade. Já Manoel Ponciano faleceu no dia 18 de setembro de 1905, com 86 anos.

O casal deixou os seguinte filhos: 

1° - Antonio Ponciano nascido em 1845 , casado com Lucia Bezerra

2° - Francisca Ponciano´, nascida em 1848, casada com Domingos do Rosário.

3°- Maria Ponciano, nascida em 1850 casada com Manoel do Rosário.

4°- José Ponciano, nascido em 1856 casado com Maria das dores

5° - João Ponciano, nascido em 1858 casado Maria da conceição

6° - Ana Ponciano , casada com Manoel Lopes

Fonte: 1° Cartório de Apodi, Vide livro 2, fls. 55.

Geraldo Fernandes  é Pesquisador, historiador e membro da Academia Apodiense de Letras 

Pesquisar

Curta nossa página no facebook