sábado, 30 de novembro de 2019

Felipe Guerra é sinônimo de Pedra D'Abelha

*por Vingt-Un Rosado

Desembargador Felipe Nery de Brito Guerra(1867 - 1951) 

Quando biografava Jerônimo Rosado, disse-o Luis da câmara Cascudo, no seu estilo incomparável, ao se referir a Felipe Guerra, que ele era "alto, magro, caladão, esculpido no miolo de aroeira, molhado com mel de uruçu. 

Para melhor símbolo, o município no Apodi que tomou o seu nome, denominava-se Pedra D'Abelha, justamente a imagem. Pedra por fora, doce e ternura por dentro". 

Concordo com a permanência da toponímia tradicional, principalmente quando vão mudá-la para uma figura de quinta categoria. 

Não é o caso de Felipe que honra e engradece qualquer cidade. 
Residiu no Brejo do Apodi, parcela do Município que o tem como patrono. 
Ali, fez agricultura e ensinou. 

A vida toda foi o guerreiro sem igual na defesa da problemática do nordeste. 
Escreveu um livro clássico, "Secas Contra a Seca", em co-edição com Theóphilo de Brito Guerra, de há muito esgotado, o livro reclamava novas edições. 
Fiz três, uma das quais com 3.000 exemplares. 

Abasteci as bibliotecas do Brasil, Felipe tornou-se conhecido no país inteiro, em cada universidade, em toda instituição cultural, nas bibliotecas de pesquisadores. 

Certo dia, apresentou-se-me uma moça e disse que era neta de Felipe Guerra. 
Respondi-lhe: Isto é currículo. 

Para mim, Felipe formou a família número um do Rio Grande do Norte.
As moças era todas educadas e cultas, Santa, patrona da Academia de Letras de Mossoró, encantou Dona América ao estudá-la. 
Dirigiu a Escola Doméstica, da qual já foi dito ser a mais bela poesia de Henrique Castriciano. 

Viajou antes à Europa para melhor fazê-lo. 
No velho Santa Luzia, dois professores substituíam qualquer colega. 
Seus nomes: Marieta Guerra e Abel Coelho. 
Ambos um tanto sábio, um tanto santo. 
Antídio, Caio, Otho e Paulo, Ottho e Paulo mossoroenses, tão grandes e tão cultos. 
Que outra família potiguar poderia apresentar tantos e tão valorosos rebentos? 
Seu Rosado veraneava em Tibau e levava a família de carro de boi.
Não faltava uma filha de Felipe Guerra para lecionar seus filhos. 

Repito o que já disse: sou a favor da restauração dos nomes antigos, quando os novos topônimos pouco significam. 

Sou a favor da tradição, mas Felipe é maior do que a tradição. 
Não me conformaria se Passagem de Pedro, São Sebastião de Santa Luzia do Mossoró, São Sebastião, Sebastianópolis, deixassem de ser Dix-Sept Rosado. Dix-sept tombou numa viagem em que buscava recursos para o povo da seca e para resolver o problema da água de Macau e Mossoró e ampliar o de Natal. 

Que linhagem potiguar apresentaria uma família inteira de tantos predicados, de tamanha riqueza cultural, como a de Felipe Guerra? 

Preservem o nome de Felipe, um grande da humanidade brasiliana, no chão onde ele ensinou e plantou. 
Cascudo tem razão: Felipe Guerra quer dizer Pedra D'Abelha. 

Santa Luzia do Mossoró, 24 de julho de 2003. 

*Texto extraído do livro "Felipe Guerra - O Jornalista Guerreiro na Defesa do Semi-árido. Otto Guerra - Vingt-un Rosado -  Daniela Rosado - Isaura Ester Fernandes Rosado - Vingt-un Rosado Neto - Thiago Salomão. Coleção Mossoroense. Série C - Volume 1389. Março de 2004. 

Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra-Portal Fatos do RN.

domingo, 24 de novembro de 2019

A primeira feira da agricultura familiar e empreendedorismo em Felipe Guerra

Durante os dias 21, 22 e 23 de novembro de 2019, aconteceu a primeira feira da agricultura e empreendedorismo em Felipe Guerra,  as festividades da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. 

Nela foram realizadas exposições, vendas de produtos da agricultura familiar, artesanais, exposições de micro-empreendedores, palestras do SEBRAE, e diversas outras atividades. A feira  ocorreu com grande sucesso e  com certeza passará a se tornar tradição no município















sábado, 23 de novembro de 2019

Marta Maria


MARTA MARIA RODRIGUES DE SOUZA, nasceu em 26 de junho de 1946, no hoje município de Felipe Guerra(ex-distrito de Pedra de Abelhas), filha do casal Raimundo Henrique da Silva e Francisca Rodrigues do Nascimento, sendo neta paterna de José Henrique Tavares e Isolina Maria da Conceição(Zola), neta materna de João Leandro do Vale e Maria Firmina da Conceição. São seus irmãos: Raimundo Henrique Filho, José Henrique Neto, Martinho Henrique da Silva, João Henrique Sobrinho, Cristino Henrique da Silva, Lázaro Henrique da Silva e Maria Marta Rodrigues da Silva. 

Durante muito tempo, Dona Marta conviveu com a senhora Naida Gurgel da Nóbrega(in memoriam), que era de viúva de Raimundo Gurgel da Nóbrega(Mundinho, filho de Tilon Gurgel). 

Marta iniciou seus estudos na antiga Escola Isolada de Pedra de Abelhas. Iniciou o 3 ano primário no antigo Grupo Escolar Governador Dix-Sept Rosado, na cidade de Mossoró.  Fez o ensino ginasial no "Ginásio Municipal de Mossoró"(atual Escola de Artes). Cursou o Segundo Grau(na época ensino pedagógico) na Escola Normal de Mossoró. 

Posteriormente, começou a trabalhar na Escola Rotary, naquela mesma cidade. Atuou também no Instituto Presidente Kennedy. Em seguida, foi  exercer a mesma função na Escola Municipal Professor José do Patrocínio Barra, em sua terra natal, Felipe Guerra.  Por último, trabalhou  por mais de uma década na Escola Estadual Ferreira Pinto, na vizinha cidade de Apodi/RN, até aposentar-se. 

Em 1972, casou-se com o apodiense Francisco Xavier de Souza(também conhecido por "Xavier Fotográfo), cuja união nasceram 2(dois) filhos: Deodina Rodrigues de Souza e Deocélio Rodrigues de Souza.  Tem 04 netos. Em 1976, passou a morar oficialmente na cidade de Apodi, onde continua residindo até hoje. 

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra-Portal Fatos do RN

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