domingo, 23 de dezembro de 2018

As belas cavernas de Felipe Guerra e a passagem de Lampião e seu bando

Entrada da Caverna da Carrapateira, no Lajedo do Rosário, Distrito de Passagem Funda, Felipe Guerra-RN, local de abrigo de pessoas da região quando da passagem de Lampião para atacar Mossoró em 1927 – Foto – Solon R. A. Netto – Clique na foto para ampliar.

Autor-Rostand Medeiros

Poucos conhecem ou já ouviram falar da pequena e pacata cidade de Felipe Guerra, localizada na região do Brejo do Apodi, a 330 quilômetros da capital potiguar. Um lugar muito agradável, de pessoas trabalhadoras, tranquilas e extremamente acolhedoras, mas o que torna Felipe Guerra mais interessante é sua concentração de cavidades naturais, a maior do Rio Grande do Norte. Já foram descobertas mais de 80 cavernas no município, ali foi descoberta uma das maiores cavernas do Nordeste do Brasil, a Caverna do Trapiá, com 2.250 metros de extensão. A maioria das cavernas de Felipe Guerra está localizada no Lajedo do Rosário e os acessos a elas são bem complexos, passando pelas fendas e pelas afiadas rochas calcárias do lajedo.

O autor deste texto em uma das cavernas de Felipe Guerra, com os equipamentos adequados para entrar nestes ambientes – Foto – Solon R. A. Netto – Clique na foto para ampliar.

Tive o privilégio de participar de varias atividades ligadas ao conhecimento do patrimônio das cavernas potiguares, mas adentrar nas cavernas é um desafio à parte. Em algumas é preciso descer por árvores que brotam de dentro da caverna, se esgueirar por entre pedras e rastejar por alguns bons e dolorosos metros para chegar até as galerias ou salões, que são as partes mais amplas das cavernas e onde são normalmente encontrados os espeleotemas.

Além das cavernas, Felipe Guerra ainda possui uma das maiores cachoeiras do Rio Grande do Norte, a cachoeira do Roncador e lugares de águas cristalinas para banho, como o Olho D’água, localizado em propriedade privada.

Na região rural de Felipe Guerra trabalhei algum tempo em um projeto que envolvia o IBAMA-CECAV/RN e a SEPARN (Sociedade para Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental do Rio Grande do Norte) e vi muita coisa bonita.

O bando de Lampião

Mas uma das situações que me impressionava era como os habitantes locais mantêm a lembrança viva das agruras sofridas com a passagem do bando do cangaceiro Lampião, em seu ataque a cidade de Mossoró.

Em uma destas cavidades que alguns habitantes conseguiram um abrigo prático para os terríveis eventos que ocorriam próximos a suas casa e deixou na lembrança das pessoas do lugar um respeito muito grande por estes ambientes. 

Um Lugar Tranqüilo que Perdeu a Paz

Nas margens do Rio Apodi, na então pequena Pedra de Abelha, a vida seguia tranquila naqueles primeiros dias do mês de maio de 1927. A pequena vila era então um simples aglomerado humano, com pouco menos de 1.200 habitantes, sobrevivendo da cera de carnaúba, da pequena agricultura e da pecuária. Na época dos invernos mais fortes, a pequena vila sofria as enchentes provocadas pelo Rio Apodi, como foi o caso das cheias de 1912, 1917 e a grande cheia de 1924.

Casas antigas de Felipe Guerra. Foto – Rostand Medeiros 

Por esta época, Pedra de Abelha era um ponto de passagem de viajantes, tropas de burros, vendedores, vaqueiros e outros andarilhos que seguiam a estrada entre a pulsante e rica cidade de Mossoró e a progressista Apodi. Havia uma pequena feira que crescia a cada ano, sempre em ordem e em paz, pronunciando uma tendência de progresso para o pequeno lugar. Outra lembrança de boas perspectivas foi à passagem de alguns homens, de língua enrolada, que se diziam engenheiros, faziam medições e coletavam pedras no lajedo do Rosário, na Passagem Funda, um lugarejo a 8 km de Pedra de Abelha. Logo se espalhou a notícia que o lugar seria transformada em uma grande barragem, que haveria muitos empregos, que seria maior que a barragem de Pau dos Ferros e que a vida em Pedra de Abelha iria mudar para melhor. Mais a barragem não veio e a vida seguia tranquila.

No começo de maio chegam as primeiras das mais terríveis notícias que a região oeste do estado do Rio Grande do Norte iria conhecer. No dia 10, pela madrugada, o cangaceiro paraibano Massilon Leite e mais vinte bandidos atacaram Apodi, depois seguiram para Gavião (atual Umarizal) e na sequência, pilharam a pequena vila de Itaú. As notícias comentavam que apenas um cangaceiro fora preso próximo à cidade de Martins. Para a ordeira população de Pedra de Abelha, ficou o pensamento de que, se os cangaceiros haviam atacado Itaú, uma vila praticamente do mesmo tamanho do seu lugar, por que não atacariam o pequeno povoado a beira do Rio Apodi? Passou então a existir no seio da população uma forte intranquilidade.


Não era para menos que os habitantes da singela Pedra de Abelha ficassem ainda mais apavorados quando, em 10 de junho de 1927, chega a notícia de que, incentivado por Massilon Leite, Lampião cruzou a fronteira da Paraíba e entra no estado Potiguar. Seguindo a cavalo, com cerca de 60 cangaceiros (número que gera muita polêmica até hoje), em direção a Mossoró.

Avançando para o norte, promoveram um verdadeiro bacanal de destruição, rapinagem e terror. Roubaram, tocaram fogo em diversas fazendas, assassinaram os que reagiam, entraram em confronto com a polícia e fizeram alguns prisioneiros, do qual só libertariam mediante resgate.

Com a chegada das notícias cada vez mais assustadoras, a população de Pedra de Abelha tratou de procurar refúgio aonde houvesse condições. Muitos seguiram para a fronteira do Ceará, outros foram para propriedades de parentes mais distantes e outros que conheciam melhor a região, buscaram o abrigo das cavernas. É bem verdade que a população do sertão possui um medo respeitoso em relação às cavernas, mais naquele momento, este medo foi deixado de lado e a escuridão da caverna passou a ser um abrigo mais acolhedor do que a incerteza da luz do dia e a presença de cangaceiros na região. 

O Abrigo
A caverna da Carrapateira fica localizada no Lajedo do Rosário, próximo ao atual Distrito de Passagem Funda e a pouco mais de mil metros da margem esquerda do Rio Apodi. Entre as várias cavernas deste lajedo, essa é a que apresenta a maior facilidade de penetração. Sua entrada tem formato oval, com quatro metros de altura e possui desenvolvimento horizontal, No seu início encontram-se alguns blocos caídos e deslocados, também presentes localmente no interior da caverna. 

O autor deste texto na Caverna da Carrapateira. Foto – Solon R. A. Netto 

Chama a atenção à forma bem como a natureza moldou o túnel principal, sendo muito largo e alto para os padrões das cavernas das proximidades. Sua sinuosidade apresenta contornos de fluxo d’água, marcados nas paredes bastante lisas, lavradas, de rocha calcária limpa e de cor amarelada, com níveis de sedimentação a mostra. Os espeleotemas encontrados são escorrimentos de calcita, cortinas, algumas estalactites e estalagmites. Na parte posterior do corredor principal, aparecem outros tipos de espeleotema muito comum nas cavidades da região; o couve-flor.

Foto – Solon R. A. Netto 

Conforme adentramos a caverna da Carrapateira, o chão vai apresentando uma menor continuidade, mostrando reentrâncias, blocos rolados, até desembocar em uma bifurcação, de onde a caverna segue para salões mais apertados, seguindo por condutos menores. Neste setor, tem-se uma clarabóia de poucos metros de altura, aproximadamente três metros. Por ela pode-se sair do interior com facilidade.

Pelas dimensões do seu interior, pela proximidade com o rio e como na região encontram-se diversas provas da passagem de grupos de caçadores e de coletores, entre 5.000 e 2.000 anos atrás, essa caverna é a que melhor poderia sugerir a possibilidade de algum indicio arqueológico. Contudo, não foram vistos pinturas ou evidências nesse sentido e sua litologia é o calcário.

Foto – Solon R. A. Netto

Não foram encontrados vestígios da ocupação dos habitantes de Pedra de Abelha na caverna. Como a passagem de Lampião e seu bando no Rio Grande do Norte duraram apenas quatro dias, acredita-se que a ocupação da caverna tenha sido por curto espaço de tempo. Mesmo tendo sido apenas por quatro dias, a região oeste do Rio Grande do Norte nunca esqueceu este episódio. 

O Avanço dos Cangaceiros

Neste meio tempo, o bando de Lampião seguia em direção a pequena Pedra de Abelha, passou ao lado da povoação de Gavião (atual Umarizal) e seguiu depredando as propriedades “Campos”, “Arção”, “Xique-Xique” e “Apanha Peixe” e nesta última propriedade, para a sorte dos refugiados escondidos na caverna da Carrapateira e da maioria da população de Pedra de Abelha, o bando foi dividido. As sete da noite, seguiu o cangaceiro Massilon Leite, para assaltar pela segunda vez, a cidade de Apodi, enquanto Lampião seguia para Mossoró. Em Apodi houve resistência da população, obrigando Massilon a fugir. Devido a esta divisão, Lampião seguiu em frente por outra estrada, passando paralelo ao povoado. A população respirou aliviada e Lampião seguiu o seu caminho.

A fazenda da foto chama-se Mato Verde, também atacada por cangaceiros sob o comando de Lampião e próxima a Felipe Guerra. Foto – Solon R. A. Netto

Caminho que faria seu bando cruzar com o progressista comerciante e fazendeiro Antonio Gurgel do Amaral, proprietário de uma moderna fazenda em Pedra de Abelha, às margens do Rio Apodi, no atual Distrito do Brejo. Nesta propriedade foram empregadas muitas pessoas, o local possui uma estrutura muito moderna para a época, inclusive com eletricidade e mecanização. Antonio Gurgel havia acabado de chegar de uma viagem da Europa, aonde buscava trazer matrizes de novas raças bovinas para desenvolverem-se na região.

Sentado a esquerda vemos o coronel Gurgel

Assim que soube do avanço dos cangaceiros, seguira para a sua fazenda para organizar sua defesa. No meio do caminho, na localidade chamada Santana, foi preso por membros do bando. Era o dia 12 de junho e somente no dia 25, Gurgel seria libertado no Ceará, juntamente com outra refém. Por ser Gurgel um homem inteligente, de boa conversa, índole calma e que sempre procurou a tranquilidade junto aos bandidos, ele nada sofreu. Durante sua convivência forçada, escreveu um diário que é tido como um dos mais completos documentos sobre a vida e o dia a dia destes cangaceiros. No fim de sua provação Lampião lhe deu duas moedas de ouro para serem presenteadas a sua neta e, como pagamento de uma promessa feita pela sua liberdade, sua mulher construiu uma capela na Fazenda Santana, que continua de pé até hoje, bem como a sede de sua fazenda, na atual Felipe Guerra. 

Mossoró, 13 de junho de 1927, a Derrota de Lampião

Na Segunda-feira, 13 de junho de 1927, dia de São Francisco, ás 16:30 da tarde, com o céu nublado, os cangaceiros atacaram a maior cidade do interior do Rio Grande do Norte. O seu Prefeito, Rodolfo Fernandes, praticamente sem ajuda do governo do estado, conseguiu reunir desde advogados, dentistas, comerciantes, padres e pessoas comuns, entrincheirando-os em vários locais.


Os cangaceiros foram derrotados depois de uma hora de combate, não mataram ninguém e perderam um cangaceiro na hora e outro, o temível Jararaca, foi ferido e capturado logo depois. Acabou assassinado pela polícia local no dia 20 de junho e o mais interessante foi que seu túmulo tornou-se um local de peregrinação religiosa popular.

Lampião sofreu a sua mais terrível derrota, comentou que “Cidade com mais de quatro torres de igreja não é para cangaceiro”. Sem conhecer o seu tamanho e a sua capacidade de defesa, acabou enganado pela promessa de Massilon de pouca resistência e muito dinheiro.

O seu ataque a Mossoró causou repercussão em todo país, sendo noticiado em muitos jornais, foi um verdadeiro choque, que impulsionou ainda mais a sua fama. Mesmo já sendo bem conhecido e frequentador de jornais cariocas, foi a partir deste episódio que o seu nome ficou muito conhecido no sul do país.

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Após a derrota em Mossoró, o bando em Limoeiro do Norte-CE

Após fugir do Rio Grande do Norte, para onde nunca mais voltou, o bando seguiu para o Ceará, aonde pensavam que estariam protegidos e foram implacavelmente perseguidos. O mesmo ocorreu na Paraíba e em Pernambuco. Em 1928 cruzou o Rio São Francisco e conseguiu uma sobrevida de mais dez anos, praticando atrocidades na Bahia, Alagoas e Sergipe, aonde foi morto, com a sua companheira Maria Bonita, na Grota de Angico.

Aqui vemos o caminho ainda original da passagem dos cangaceiros, no sentido de quem segue para a cidade de Governador Dix Sept Rosado

Para a população de Pedra de Abelha, sempre que as notícias sobre Lampião surgiam, voltava as lembranças dos medos e aflições de junho de 1927. Com a sua morte (1938) e o desbaratamento do cangaço (1941), passa a existir um alívio intenso nesta população. Com o passar dos anos, ocorre o desaparecimento das vítimas sobreviventes dos atos cruéis dos cangaceiros e muitos dos descendentes destas vítimas deixam a região, emigrando para grandes centros. Falar sobre os fatos da época do cangaço deixa de ser um tabu. A partir dos anos 60, o mito deste cangaceiro o torna um dos personagens históricos mais famosos da cultura popular brasileira, aonde muitos lugares do País Lampião é encarado como símbolo de nacionalidade e o cangaço como um expoente de luta da cultura e do povo nordestino.

Para conhecer as cavernas de Felipe Guerra, muitas vezes devido a localização, só acampando para facilitar. Foto – Solon R. A. Netto

Apesar de possuir potencial turístico, em Felipe Guerra, a exploração das cavernas só é feita de âmbito científico e, assim, não existe estrutura alguma para a prática do chamado espeleoturismo. Quem quiser conhecer essas maravilhas, só participando de algum grupo de espeleologia ou então se aventurando naquelas cavernas de mais fácil acesso.

Como chegar a Felipe Guerra: A partir de Natal, pegar a BR-304 até Mossoró, seguida da BR-405 e RN-032. Contato: (84) 3329-2211 (Prefeitura de Felipe Guerra)

Bibliografia:

FERNANDES, Raul, A MARCHA DE LAMPIÃO, ASSALTO A MOSSORÓ. 3 ed. Natal, Editora Universitária, 1985.

NONATO, Raimundo, LAMPIÃO EM MOSSORÓ. 5 ed. Mossoró, Coleção Mossoroense, Fundação Vingt-Un-Rosado, 1998.

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira, HISTÓRIA DO CANGAÇO, 4 ed. São Paulo, Global Editora, 1991.

CHANDLER, Billy Jaynes, LAMPIÃO, O REI DOS CANGACEIROS, Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1980.

FACÓ Rui, CANGACEIROS E FANÁTICOS, GÊNESE E LUTAS, 7 Ed. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1983.

PERNAMBUCANO DE MELLO, Frederico, QUEM FOI LAMPIÃO, Recife, Editora Stahli, 1993.

DELLA CAVA, Ralph, MILAGRE EM JUAZEIRO, Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1976.


Por Rostand Medeiros - Blog TOK de HISTÒRIA

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Subsídios para a história da cidade e município de Felipe Guerra - Família Barra

Por Marcos Pinto


O município de Felipe Guerra abrange mais da metade da famosa e antiga "DATA DE SESMARIA BOQUEIRÃO", cujas terras atingem a extensão de três léguas de comprido por uma de largura, pertencentes inicialmente a ANTONIA DE FREITAS NOGUEIRA,fundadora do Apodi, juntamente com seu pai Mathias Nogueira e seus irmãos MANOEL NOGUEIRA, BALTHAZAR e JOÃO NOGUEIRA. Analisando o mapa do município, verifica-se que dita "Data de Sesmaria" engloba, atualmente, cerca de 50 sítios, destacando-se as comunidades de Boqueirão, Arapuá, Pacó, Santana, Mirador, São Lourenço e São Lourencinho.

No contexto da fixação das tradicionais famílias, resta comprovado que estas dão continuidade a posse antiga, por seus descendentes, que para preservarem suas glebas de terras casavam entre parentes próximos, mantendo assim a tradição da posse ligada a história da família. Assim é que a família BARRA tem como referencial a localidade rural denominada de "Mato Verde". Já os da família ABREU tem sua ligação com os sítios São Lourenço e São Lourencinho. A família TRAVESSA tem seu feudo territorial no sítio "Santana". A família VALENTIM tem a sua história de localização no sítio "Mirador". A família ALVES CAVALCANTI tem sua fixação histórica no lugar denominado de "Passagem Funda". 

Em acurado estudo genealógico, chegamos a conclusão de que a honrada e profícua família BARRA tem origem no entrelaçamento entre as famílias MORAIS, NOGUEIRA, SOUZA, SANTANA (Travessa) . Os anais da história revelam que a família BARRA tem início no Capitão ANTONIO DE MORAIS BEZERRA e MARIA JOSÉ DA CUNHA. Vejamos o esboço genealógico:

CAPITÃO ANTONIO DE MORAIS BEZERRA:
. Faleceu no ano de 1800, no antigo lugar denominado de "Passagem do Pedro", que depois passou a São Sebastião de Mossoró, e atualmente é a cidade de Governador Dix-Sept Rosado. Era casado em duas núpcias. 
. Do primeiro casamento com MARIA JOSÉ DA CUNHA nasceu:
F.01- GONÇALO JOSÉ DE MORAIS:
. Casou com JOSEFA MARIA DA CONCEIÇÃO.
. Foram pais de:
N.01- ANTONIO JOSÉ DE MORAIS:
. Nasceu no ano de 1819 e faleceu aos 71 anos de idade no sítio "Passagem Funda" a 29.10.1890.
. Era casado com AGOSTINHA MARIA DA CONCEIÇÃO, que é a mesma AGOSTINHA GOMES DA CONCEIÇÃO.
. foram pais de:
BN.01- JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA BARRA.
BN.02- DOMINGOS DE SOUZA BARRA.

BN.01- JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA BARRA:
. Nasceu a 24.08.1838.
. Faleceu a 24.12.1934, no sítio "Brejo", aos 90 anos, 02 meses e 09 dias de idade. Está sepultado no cemitério de Apodi.
. Era casado em primeiras núpcias com MARIA EGÍDIA DA CONCEIÇÃO, filha de Alexandre José de Morais e Isabel Barbosa de Melo.
. Foram pais de:
TN.01- JOSÉ DO PATROCÍNIO BARRA - Nasceu em 1882. Era advogado provisionado (Rábula).
TN.02- PEDRO JOSÉ DE SANTANA BARRA:
. Nasceu a 0.02.1875.
. Faleceu no sítio "Mato Verde" a 04.04.1919, aos 47 anos de idade. (De Gastrite).
. Era casado com THEOMILA DE SOUZA NOGUEIRA, filha de Sebastião José Nogueira (Sebastião Panelada) e Antonia Maria de Morais.

. Foram pais de:
QN.01- MARIA EULÁLIA DE SOUZA.
QN.02- FRANCISCA DE SOUZA NOGUEIRA.
QN.03- SEBASTIANA DE SOUZA NOGUEIRA.
QN.04- AGOSTINHA DE SOUZA NOGUEIRA.
QN.05- RAIMUNDA DE SOUZA BARRA.
QN.06- PEDRO SEVERINO DE SOUZA.
QN.07- FRANCISCO NOGUEIRA DAS CHAGAS.
QN.08- SIMPLÍCIO DE SOUZA BARRA.
QN.09- EPIFÂNIO DE SOUZA BARRA.
QN.10- LEONILA DE SOUZA BARRA.
QN.11- JOSÉ BARRA NETO:
. Casou com a Professora MARIA ZENÓBIA DE OLIVEIRA PINTO (Lili Pinto),natural de Apodi-RN, filha do Capitão Miguel Ferreira Pinto e de Isabel Zenóbia de Oliveira Pinto.

. Foram pais de:
PN.01- RAIMUNDO PINTO BARRA.
PN.02- JOSÉ PINTO BARRA (Zezito).
PN.03- PAULO PINTO BARRA.
PN.04 - PEDRO PINTO BARRA (Pedroca).
PN.05 - FRANCISCO DE ASSÍS PINTO BARRA. (Didi).
PN.06 - PACÍFICO PINTO BARRA.
PN.07- MIGUEL PINTO BARRA.
PN.08- FRANCISCA DAS CHAGAS PINTO BARRA (Chaguinha).
PN.09- GENOVEVA PINTO BARRA.
PN.10 - MARIA DAS GRAÇAS PINTO BARRA.

(FONTE: Vide livro "VELHOS INVENTÁRIOS DO OESTE POTIGUAR" - Autor: Marcos Antonio Filgueira - Coleção Mossoroense - Inventário do Capitão Antonio de Morais Bezerra. FONTE II - Acervo de Marcos Pinto).

Artigo enviado por  Marcos Pinto - historiador e advogado. 

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra- Portal Fatos do RN 

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Tonhô Pascoal


ANTONIO PASCOAL FILHO, conhecido por Tonhô Pascoal, nasceu no dia 17 de dezembro de 1924, no Sítio Várzea, na época encravado no município de Apodi, e hoje no município de Felipe Guerra/RN, filho de Antonio Pascoal da Costa e de Cecília Marques de Souza. Ficou órfão do pai e passou como filho de maior idade, a ser o responsável pela casa juntamente com 14 irmãos, sendo 10 homens e 4 mulheres.     

Trabalhava na agricultura familiar e no período do verão costumavam fazer o corte de palhas onde passavam  180 dias acampados com toda família em uma grande barraca no centro do carnaubal.
                      
Estudou na  Isolada do Sítio Rosário com a  professora Abigail Feitoza, onde estudou até o 5º ano primário, já depois de adulto. 

Em 22 de novembro de 1965, casou-se com a professora comunista Abigail Feitoza Pascoal que o incentivou a enveredar na política, sempre fiel ao grupo político do Dr Eilson Gurgel,  lider do recém criado município de Felipe Guerra(antiga Pedra de Abelhas). Desse matrimônio tiveram 06 filhos: Francisco Ubirajara Feitoza Pascoal, Francisco Ubiracy Feitoza Pascoal, Francisco Uerbet Feitoza Pascoal, Francisco Feitoza Sobrinho, Júlia Cecília Feitoza Pascoal e Jacira Cristine Feitoza Pascoal, e e mais outros 10 que vieram estudar e foram criados como filhos por Dona Abigail e Seu Tonhô.

Quando sua esposa faleceu em 17 de outubro de 1977, foi um verdadeiro  herói criando os filhos sozinho, todos com honra e responsabilidade.

Foi o primeiro membro da família Pascoal a ser político, depois teve seu irmão Raimundo Pascoal, que foi vereador, vice-prefeito e prefeito por duas vezes do município de Felipe Guerra.Atualmente temos os vereadores Ubiracy e Ronaldo Pascoal(filho de Raimundo) exercendo mandato legislativo, que fora iniciado por Tonhô Pascoal, em uma época que vereador nem provento recebia.

Em  24 de janeiro de 1965, ingressou na política felipense ao ser eleito vereador pelo Partido Social Progressista(PSP) com 67 votos, tornando-se o 4º mais votado naquele pleito. Foi empossado no cargo em 31 de janeiro de 1965.

Em  15 de novembro de 1968 foi reeleito com 55  votos pela Aliança Renovadora Nacional(ARENA). Tomou posse  no dia 31 de janeiro de 1969, concluindo o mandato em 1973.

Na eleição de 1972, disputou novamente o cargo de vereador de Felipe Guerra, obteve 81 votos,  mas não foi eleito, ficou na 1º suplência.

Na eleição municipal de 15 de novembro de  1976,   foi eleito  pela ARENA com 108 votos como o segundo mais votado,   para o terceiro mandato de vereador, tomando posse em 31 de janeiro de 1977, permanecendo no cargo até 1982. Foi Vice-Presidente da Câmara Municipal de Felipe Guerra.

No ano de 1982, disputou novamente uma vaga na Câmara Municipal, desta vez pelo Partido Democrático Social(PDS), tendo obtido 112 votos, ficando na 2º suplência  da coligação.

Seu Tonhô era um homem muito simples, costumava  tratava as pessoas como "belezinha", foi o vereador que fazia estradas desde o Sítio Rosário até  "Pedra de Abelhas" com as próprias mãos, era em uma carroça que prestava assistência quando alguém adoecia.

Após deixar a política, passou a dedica-se a família. Antonio Pascoal Filho faleceu em sua terra natal, no dia 05 de junho de 2005, aos 80 anos de idade, vítima de problemas cardíacos.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra-Portal Fatos do RN 

OBS: Essa publicação poderá ser reproduzida em outros espaços, somente se conter o endereço do link dessa postagem, indicando o autor e a fonte: http://fatosdefelipeguerra.blogspot.com/2017/06/tonho-pascoal-ex-vereador.html?m=1

Diploma de Tonhô Pascoal, 1968

Clique na imagem para ampliar. Diploma de Vereador de Antonio Pascoal Filho 

Tonhô Pascoal foi reeleito vereador do município de Felipe Guerra com 55 votos pela legenda da ARENA(Aliança Renovadora Nacional) na eleição municipal de 15 de novembro de 1968. Tonhô foi o sexto mais votado daquele pleito.

Vale lembrar que ele conquistou seu primeiro mandato no pleito de 24 de janeiro de 1965.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra - Portal Fatos do RN 

Apontamentos para a história do Sítio "Passagem Funda"

Por Marcos Pinto*

Antigo Casarão no Sítio "Passagem Funda" em Felipe Guerra - RN.

Feudo territorial da tradicional família nordestina CAVALCANTI. O sítio "Passagem Funda" foi o primeiro embrião de núcleo estradeiro do município de Apodi. Surgiu como local de repouso e abrigo para comboeiros que desciam a região do alto oeste com destino à Mossoró, para onde levavam algodão e voltavam carregados com sal e outros gêneros mercantís. Até o ano de 1948 ligava as longínquas áreas povoadas do interior ao efervescente comércio de Mossoró. O trajeto desta estrada, começando do Apodi, e seguindo pela várzea até "Passagem Funda" e Mossoró, fazia-se a travessia do rio em 20 lugares distintos. Resultou daí o aperfeiçoamento constante de antigas rotas, com a consagração de novos caminhos vicinais. Além do mais, favoreceu o máximo aproveitamento do escasso elemento humano para a ocupação territorial.

O sítio "Passagem Funda" é um ameno recanto protegido por íngremes escarpas da serra do Apodi. Proporcionava a improvisação de estabelecimentos curraleiros para o descanso das caravanas comerciais - os conhecidos comboios – que demandavam rumo à Mossoró, formando tráfego intenso de mercadorias várias. Ao fluxo comercial acresceu-se a chegada de povoadores, como consequência de prolongadas irregularidades climáticas, os quais passavam a dedicarem-se ao cultivo do arroz,alho, batata doce e feijão.

Nas abordagens históricas empreendidas em antigos inventários, deparamo-nos com o inventário do patriarca da família CAVALCANTI, o Sr. DOMINGOS ALVES FERREIRA CAVALCANTI, que chegou em "Passagem Funda" no ano de 1805, vindo da Paraíba, região de Bananeiras. Era irmão do revolucionário de 1817 (Revolução Pernambucana) Manoel Januário Bezerra Cavalcanti e do Capitão Antonio Alves Ferreira Cavalcanti, comandante militar e residente na então Vila de Portalegre. 
Domingos casou com sua parente Maria Joana do Espírito Santo. Domingos faleceu na sua fazenda "Passagem Funda" a 20 de Outubro de 1830, e sua esposa Maria Joana na mesma fazenda a 06 de Junho de 1862, deixando os seguintes filhos, dos quais descendem todos os ALVES e CAVALCANTI dos atuais municípios de Apodi e Felipe Guerra:

F.01- MARIA CLARA ALVES BEZERRA CAVALCANTI - Casou com o Capitão Vicente Ferreira Pinto (o 2º deste nome) e foram pais do Coronel Antonio Ferreira Pinto, do Apodi.
F.02- FRANCISCA ALEXANDRINA BEZERRA CAVALCANTI - Casou com seu primo José Joaquim Bezerra Cavalcanti Jr. (Do Assu-RN).
F.03- DOMINGOS ALVES FERREIRA CAVALCANTI JR. - Casou na Matriz do ICÓ-CE a 08.07.1834 com Maria Felícia de Jesus,filha de Manoel Moreira Maia e Ana Felícia de Jesus.
F.04- A F.11 - MANOELA, JOÃO RÉGIS CAVALCANTI, JOSÉ ALVES CAVALCANTI, MARIANA, ANTONIO, ANTONIA, TRISTÃO e MARIA ANGÉLICA.

*Marcos Pinto  é historiador e advogado.

Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra - Portal Fatos do RN 

sábado, 20 de outubro de 2018

Max Morais


MAX IRAN DE MORAIS, nasceu na Maternidade Claudina Pinto no dia 20 de outubro de 1989, no município de Apodi/RN, mas reside desde a sua infância no Sítio Santana, comunidade rural localizada entre os municípios de Felipe Guerra e Caraúbas. É filho do casal Izaias Iran de Morais e Martilene Valentim de Morais. É neto materno de Raimundo Euclides e Maria da Salete Morais, e neto materno de Francisco Bezerra de Morais e Maria Valentim de Morais. 

Começou a estudar aos 02 anos de idade, na creche comunitária de Santana, logo depois passou a frequentar a Escola Isolada  nessa mesma comunidade, onde cursou do 1º ao 5° ano. Devido a sua comunidade não ofertar o ensino fundamental completo, estudou do 6º ao 9º ano na Escola Municipal Professor Francisco de Acací Viana, no Sítio Mariana, municipio de Caraúbas/RN, até o ano de 2004.  Acordava de 05 horas da manhã para deslocar-se até a comunidade de Mariana, utilizando uma bicicleta como meio de transporte e muitas vezes percorria o trajeto a pé.

Desde pequeno, quando tinha apenas 08 anos de idade, Max já tinha vontade em ajudar a contribuir com a renda de sua família, vendendo verduras e fazendo vassouras de palha quando retornava da escola.

Cursou todo o ensino médio na Escola Estadual Antônio Francisco em Felipe Guerra, concluindo no ano de 2007. 

Estudou na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte(UERN), no Campus de Mossoró, onde fez alguns períodos do curso de Economia. Também cursou Matemática e Ciência da Computação na Universidade Federal Rural do Semi-Árido(UFERSA), na cidade de Caraúbas/RN. Entretanto, não concluiu nenhum destes por não está identificado com os cursos.

Ainda fez  o Curso Técnico em Agronegócio pelo SENAR RN em Apodi/RN em uma parceria com o sindicato, concluindo no ano de 2018. Como filho de agricultores, Max sempre se identificava com essa área, por isso optou por escolher o curso.
    
Max foi Bolsista do programa PIBID da UFERSA e  da EMATER RN;
Foi Monitor do Projeto Mova Brasil, projeto destinado para jovens e adultos não alfabetizados;

Foi o fundador  da  Associação dos Produtores Rurais da Comunidade de Santana(APRUCS), entidade fundada no ano de 2010, sendo eleito na época o primeiro presidente dessa entidade, e reeleito para mais um mandato no ano de 2013.

Durante o período em que esteve a frente da APRUCS diversas atividades foram realizadas em prol da melhora de sua comunidade, dentre elas podem ser citadas: natal solidário, páscoa feliz, arraial comunitário, distribuição de cestas básicas, a volta da Visão Mundial, indústria de lacticínios pelo RN Sustentável, ações voltadas na área da saúde, entre outras.

Foi membro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB) entre 2012 e 2015, chegando a exercer a função de Presidente da Juventude PMDB de Felipe Guerra. Também fez parte da comissão estadual do partido.

Em 2015, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro(PTB), e no ano seguinte teve que se afastar da presidência da APRUCS para disputar o cargo de vereador. Decidiu disputar aquele cargo eletivo já que sentia que sua comunidade necessitava de uma pessoa que lutasse por mais  melhorias  que atendessem os moradores de Santana e demais comunidades rurais.

No dia 02 de outubro de 2016, Max Morais foi eleito o vereador mais votado de Felipe Guerra, obtendo 509 votos. Foi empossado no cargo no dia 01º de janeiro de 2017 para o quadriênio 2017/2020. Agora empossado no cargo Max espera cumprir o papel de representar o povo, elaborando projetos que tragam benefícios para o Sítio Santana, bem como para o município de Felipe Guerra.

Atualmente ocupa o cargo de 1º Secretário da Mesa-Diretora da Câmara Municipal de Felipe Guerra no biênio 2019-2020. É presidente do diretório municipal do PTB felipense.


*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra-Portal Fatos do RN 

OBS: Essa publicação poderá ser reproduzida em outros espaços, somente se conter o endereço do link dessa postagem, indicando o autor e a fonte: http://fatosdefelipeguerra.blogspot.com/2017/04/max-morais-vereador.html

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Raimundo Pascoal e Manoel Rufino, campanha de 1992

Raimundo Pascoal e Manoel Rufino, candidatos a prefeito e vice-prefeito nas eleições de 1992

Raimundo Luciano da Costa Pascoal e Manoel Rufino da Costa, respectivamente candidatos a prefeito e vice-prefeito de Felipe Guerra nas eleições de de 03 de outubro 1992, chapa  que saiu vitoriosa obtendo 2.178 sufrágios.

A chapa opositora formada por Francisco Assis de Lima, vulgo "Assis Domingos"(candidato a prefeito) e Zé Guerra(candidato a vice-prefeito) obtiveram apenas 1.477 votos.
Raimundo Pascoal e Manoel Rufino assumiram a Prefeitura de Felipe Guerra em 01º de janeiro de 1993, onde permaneceram no cargo até 1996.

Fonte e Foto: Geraldo Fernandes - Historiador e Membro da Academia Apodiense de Letras(AAPOL) 

Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra - Portal Fatos do RN

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Mundinho Gurgel

RAIMUNDO GURGEL DA NÓBREGA, mais conhecido por Mundinho Gurgel, nascido em 22 de agosto de 1906, era natural da localidade de Pedra de Abelhas(atual cidade de Felipe Guerra), na época encravado no município de Apodi/RN.

Era filho do Coronel Tilon Gurgel do Amaral(filho do Coronel Tibúrcio Valeriano Gurgel do Amaral e de Jesumira Gurgel de Oliveira) e de D. Josefa Dalila de Brito.  Seu pai foi uma das maiores lideranças políticas da antiga de Pedra de Abelhas, além disso teve uma breve passagem na Prefeitura de Apodi/RN, exercendo o cargo de prefeito nomeado no ano de 1930. 

Comerciante e agricultor de prestígio, Mundinho Gurgel foi candidato a prefeito da cidade de Apodi por duas oportunidades, enfrentando o sistema político da Família Pinto. 

A primeira vez: No pleito municipal de 21 de março de 1948, candidatando-se pela legenda da União Democrática Nacional(UDN), tendo o comerciante udenista João de Deus Ferreira Pinto(dissidente da família Pinto), como companheiro de chapa. Entretanto, perderam a disputa para a chapa formada pelos farmacêuticos Francisco Holanda Cavalcante(Nenêm Holanda) e Antonio Lopes Filho, eleitos para os cargos de prefeito e vice-prefeito pelo Partido Social Democrático(PSD), ambos apoiados pelo Coronel Lucas Pinto, a maior força política da região. 

A segunda vez: No pleito municipal de 07 de dezembro de 1952, concorrendo pela legenda do Partido Republicano(PR), tendo o fazendeiro apodiense Luis Sulpino da Silveira Júnior(PR), como candidato a vice-prefeito. Novamente, Mundinho Gurgel sofreu nova derrota política, perdendo a disputa para o estudante de medicina José da Silveira Pinto(filho do Coronel Lucas Pinto), eleito prefeito municipal de Apodi pelo Partido Social Democrático(PSD), cujo vice-prefeito era o comerciante e ex-vereador apodiense, Júlio Marinho, também filiado ao PSD. 

Naquela época, as famílias Pinto e Gurgel viviam períodos de grande efervescência política e a povoação de Pedra de Abelhas(atual Felipe Guerra) ainda pertencia a cidade de Apodi. 

No ano de 1954, Raimundo Gurgel pretendia sair candidato a prefeito de Felipe Guerra(Pedra de Abelhas), nas eleições de outubro daquele ano, com reais chances de vitória, segundo notícias da época. Entretanto, Felipe Guerra teve sua criação anulada  nas vésperas da eleição que escolheria seu primeiro prefeito constitucional e retornou a condição de localidade da cidade de Apodi.

Raimundo Gurgel da Nóbrega foi casado com Naide Gurgel(sua prima) e foi pai de Raimundo Gurgel Filho, José Clauber Gurgel da Nóbrega(vulgo Zé Guerra, ex-vereador na cidade de Apodi), Francisco Assis Gurgel, Antônio Gurgel, Maria Rita Gurgel e Maria de Lourdes. Faleceu no dia 26 de julho de 1957. 

Era  sobrinho do “Coronel” Antonio Gurgel do Amaral, grande comerciante no Oeste Potiguar. Irmão do médico Eilson Gurgel do Amaral, o primeiro prefeito constitucional de Felipe Guerra, eleito pelo voto direto no ano de 1965.


Fonte: "Genealogia da Família Gurgel  - Na Trilha do Passado”, de Aldysio Gurgel.
Livro "Apodi, sua História", de Válter de Brito Guerra.

Francisco Verissimo-Blog Fatos de Felipe Guerra-Portal Fatos do RN


Nota do Blog: Essa matéria só poderá ser reproduzida em outros espaços, se conter o link dessa postagem, indicando o autor e a fonte: https://fatosdefelipeguerra.blogspot.com/2018/07/mundinho-gurgel-comerciante.html

domingo, 15 de julho de 2018

Blog Fatos de Felipe Guerra

Seja bem vindos ao blog "Fatos de Felipe Guerra", espaço destinado ao resgate da história e memória do povo felipense. Esperamos contar com a sua colaboração.
Abraço a todos


Att,
Francisco Verissimo de Sousa Neto, criador-administrador do Fatos de Felipe Guerra, integrado ao Portal Fatos do RN.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Prefeitos de Felipe Guerra/RN

Prefeitos do município de Felipe Guerra/RN,  desde 1964 até hoje. 

A cidade de Felipe Guerra, antiga povoação de "Pedra de Abelhas", foi desmembrada de Apodi no dia 18 de setembro de 1963 e instalado em  25 de outubro de 1964, com a posse do primeiro prefeito municipal, nomeado pelo Governador do Estado, dando início a sua história político-administrativa. 

1. CORONEL JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA - prefeito nomeado pelo governador do Rio Grande do Norte, Aluizio Alves. 
Mandato: 24 de outubro de 1964 a 31 de janeiro de 1965.

2. DR. EILSON GURGEL DO AMARAL -  Primeiro prefeito constitucional de Felipe Guerra, eleito através do voto direto pelo PSP(Partido Social Progressista), no primeiro do município,  realizado em 24  janeiro de 1965.
Mandato: 31 de janeiro de 1965  a 30 de junho de 1969, não concluiu seu mandato constitucional, após renunciar ao cargo por motivos pessoais.

3. JOSÉ BARRA NETO - vice-prefeito eleito,  que assumiu o comando da Prefeitura, após a renúncia do titular.
Mandato: 30 de junho e 1969 a  31 de janeiro de 1970. 

4. FRANCISCO CHAGAS DA SILVA(TITICO DE ADELINO) - prefeito eleito pela ARENA(Aliança Renovadora Nacional), nas eleições municipais de 30 de novembro de 1969.
Mandato:  31 de janeiro de 1970 a 31 de janeiro de 1973.

5. LUIZ ALBERTO GURGEL GUERRA -  prefeito eleito pela ARENA, no pleito municipal de  15 de novembro de 1972.
Mandato: 31 de janeiro de 1973 a 15 de novembro de 1975, renunciou ao cargo por motivos pessoais. 

6. PAULO PINTO BARRA - vice-prefeito eleito pela ARENA, que assumiu o comando da Prefeitura de Felipe Guerra, em virtude da renúncia do titular.
Mandato: 15 de novembro de 1975 a 31 de janeiro de 1977.

7- FRANCISCO CHAGAS DA SILVA - prefeito eleito pela ARENA, em 15 de novembro de 1976.
Mandato: 31 de janeiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983.

8- RAIMUNDO LUCIANO DA COSTA PASCOAL - prefeito eleito pelo PDS(Partido Democrático Social), no pleito de 15 de novembro de 1982.
Mandato: 31 de janeiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988

9. HUGO COSTA DA SILVA - prefeito eleito pelo PMDB(Partido do Movimento Democrático Brasileiro) nas eleições municipais de 15 de novembro de 1988. 
Mandato: 01º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992

10. RAIMUNDO LUCIANO DA COSTA PASCOAL  - eleito pelo PMDB, no pleito municipal de 03 de outubro de 1992
Mandato: 01º de janeiro de 1993 a  31 de dezembro de 1996.

11. HUGO COSTA DA SILVA - eleito pelo PMDB, no pleito municipal de 03 de outubro de 1996.
Mandato: 01º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000.

12. HUGO COSTA DA SILVA  -  primeiro prefeito de Felipe Guerra  reeleito  para um mandato consecutivo, pelo PMDB, no pleito realizado em 01 de outubro de 2000. 
Mandato: 01º  de janeiro de 2001  a 31 de dezembro de 2004.

13- BRAZ COSTA NETO -  prefeito eleito pelo PMDB em 03 de outubro de 2004.
Mandato: 01º  de janeiro de 2005 a  31 de dezembro de 2008.

14- BRAZ COSTA NETO -  - prefeito reeleito pelo PMDB, em 05 de outubro de 2008
Mandato: 1º de janeiro de 2009 a 7 de novembro de 2012

OBS: Não concluiu seu segundo mandato constitucional, após ser afastado do cargo juntamente com o vice-prefeito Francisco Canindé de Menezes(Chicão),  por decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte(TJ/RN). 

No dia 08 de novembro de 2012, o município de Felipe Guerra ficou sem prefeito. O novo gestor do município, foi empossado no cargo no dia seguinte.

15- PEDRO ALVES CABRAL NETO - vice-presidente da Câmara Municipal de Felipe Guerra, que assumiu a prefeitura após o afastamento do prefeito Braz Costa, do vice-prefeito Chicão e do vereador e Presidente da Câmara Municipal, Paulo César.
Mandato:  09 de novembro de 2012 e governou até 07 de dezembro de 2012. 

16- REGINALDO LUCIANO DA COSTA PASCOAL -  1º Secretário da Câmara Municipal que exercia a função de Presidente interino da Câmara Municipal, assumiu a prefeitura após o afastamento do prefeito interino Pedro Cabral. 
Mandato:  07 de dezembro de 2012 a 31 de dezembro de 2012. 

17- HAROLDO FERREIRA DE MORAIS - prefeito eleito  pelo PSD(Partido Social Democrático), nas eleições municipais de  07 de outubro de 2012
Mandato:  01º  de janeiro de 2013  a  31 de dezembro de 2016. 

18- HAROLDO FERREIRA DE MORAIS -  prefeito reeleito pelo PSB(Partido Socialista Brasileiro),  em 02 de outubro de 2016 
Mandato:  01º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020. 

Veja lista dos vice-prefeitos de Felipe Guerra

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra-Portal Fatos do RN 

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Djalminha


DJALMA LAURINDO DA SILVA JÚNIOR, conhecido por todos como “Djalminha” nasceu no dia 25 de dezembro de 1990 em Felipe Guerra/RN. É filho do casal Djalma Laurindo da Silva e Ângela Maria Torres da Silva.  É irmão de  Pedro Torres Neto e Júlia Poliana Torres Silva. Djalminha  é  acadêmico em Direito na Universidade Potiguar(UNP).  

Seu pai, foi vereador e presidente do poder legislativo felipense por diversas vezes, e fundou o Partido Verde em Felipe Guerra. 

Com o incentivo do pai, decidiu entrar na vida pública e lançou-se como candidato a vereador da Câmara Municipal de Felipe Guerra nas eleições de 2016,  na legenda do Partido Verde(PV).

Djalminha elegeu-se para o cargo com 364  votos, tomou posse no ano seguinte para a legislatura 2017-2020.  Atualmente, é presidente  municipal do PV em Felipe Guerra. 

Em primeiro mandato, já  apresentou e aprovou matérias importantes para a  cidade de Felipe Guerra, como: construção de pontes, construção de posto de saúde, construção de grupo escolar, instalação de câmeras de vídeos monitoramentos, criação do Hino Municipal e da Guarda Municipal, entre outros como manda à lei orgânica municipal.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Felipe Guerra - Portal Fatos do RN

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