segunda-feira, 24 de agosto de 2015

"Fogo de Pedra de Abelhas"

12 de maio de 1925 

Neste dia ocorreu o famoso “Fogo de Pedra de Abelhas”. Os truculentos Décio Holanda e seu sogro Tilon Gurgel arregimentaram vultoso grupo de jagunços, em consonância com Martiniano Porto, primo do bandido Júlio Porto, componente do bando de Lampião, espalhando o terror em Apody e região. Era comum ver-se cenas de vandalismo e coação, sob ameaças do grupo de “cabras” adredemente armados para tal empreitada.

Como era do seu dever, O Cel. João Jázimo comunicou ao Governador José Augusto a triste e vexatória situação vivida no Apody e região circunvizinha. De imediato o chefe do Executivo Estadual encaminhou um contingente policial composto por 40 praças, comandado pelo Capitão Jacinto Tavares, exemplar Oficial da Polícia Militar do Estado que ficou aquartelado em Apody. 
Na manha de 12 de maio a tropa dirigiu-se até a povoação de “Pedra de Abelhas” objetivando efetuar a prsão de Décio, Tilon Gurgel e toda a jagunçada. Antes da força policial chegar ao seu destino, já Décio era sabedor de que o contingente estava vindo ao seu encontro, por mensageiro enviado por Martiniano Porto.

Quando Décio preparava-se com seus “cabras” para empreenderem fuga rumo ao Ceará, eis que surge a tropa policial, travando-se cerrado tiroteio, culminando com a debandada da jagunçada rumo ao rio Apody, morrendo na ocasião um “cabra” de Tilon Gurgel, por nome Mamédio Berlamino dos Santos, da família dos “Cabôclos”, daquela paragem.

Após este entrevero bélico, a tropa policial retornou ao Apody, com a missão de retornar no dia seguinte, o que não se efetivou pelas informações concretas de que o grupo armado se homiziara no Ceará.

Depois desta ocorrência coibitiva, voltou a reinar a paz naqueles rincões. 
Não satisfeitos com a reprimenda policial, eis que Martiniano, Tilon e seu genro Décio(primo do coiteiro Izaías Arruda, protetor de Lampião) tramam e efetivam o famoso ataque de 10 de maio de 1927 à cidade de Apody, contando com o empenho de Massilon Leite, comandando parte do grupo de Lampião.

Este episódio foi objeto de dois artigos escrito por este pesquisador, no jornal “Gazeta do Oeste”, intitulados “Por que Lampião Veio à Mossoró”. 

Fonte: Datas e Notas para a História de Apodi - Marcos Pinto 

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