domingo, 17 de setembro de 2017

O apogeu da Cidade Baixa

Por Geraldo Fernandes



No inicio da década de 1970, ao final da década de 1980, a Cidade Baixa em Felipe Guerra vivenciou seus anos de glória. O pequeno município se tornou um dos maiores centros comerciais da região do Alto Oeste Potiguar. Nos antigos armazéns que ainda existem no local, eram armazenados algodão, ceras de carnaúbas, arroz, tecidos e rapaduras, tais produtos eram comercializados na feira local, que era realizada sempre às segunda-feiras. A feira livre da cidade baixa era uma das mais movimentadas do interior do Estado, vários feirantes se descolocavam até a nossa cidade para comprar o arroz vermelho, banana juá, vassoura e o pó de carnaúba. Hoje, a Cidade Baixa ainda mantém na sua arquitetura a memória de tempos gloriosos pelos quais ela passou.

Nos antigos casarões da família Gurgel, ainda é possível observar alguns imóveis que abrigaram instituições importantes, tais como a sede da prefeitura, a sede dos correios, a casa do motor a diesel, que fornecia energia para alimentar as lâmpadas dos postes, o antigo mercado público e uma série de prédios conjugados onde funcionavam armazéns e “bodegas”(mercearias que comercializavam produtos alimentícios). 

Porém no ano de 1985, a Cidade Baixa, vivenciou uma grande enchente, a cidade ficou totalmente inundada, as águas do rio Apodi trouxeram grandes prejuízos para o comércio local. Aja visto que vários prédios não resistiram a força das águas e desmoronaram, os comerciantes do local tiveram prejuízos incalculáveis. Isso fez com que os comerciantes e moradores abandonassem a cidade baixa e passaram a construir suas residências e o comércio na parte alta da cidade e esvaziando a parte histórica. 

*Geraldo Fernandes é pesquisador, historiador, poeta e membro da Academia Apodiense de Letras - AAPOL. 

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